quinta-feira, 25 de outubro de 2012

De uma palavra



“Estilhaço” é uma das palavras da língua portuguesa de que mais gosto. É uma palavra que representa na sua própria musicalidade algo que se quebra. O fricativo “ti” seguido do aberto “lha” remete ao som do copo que cai e parte de um ínfimo nada silencioso e imperceptível “es” ao golpe grave seguido dos suaves cacos esmiuçados que se esparramam no chão em pequenos rumores que batem, saltam e voltam até o novo silêncio, “ço", que se esvai.

Caminho sem volta o do que se quebra, em estilhaços.

Os cristais de açúcar não derretidos que restam no fundo do copo, depois do último gole, também são estilhaços, saturados, sem dissolução. Sem solução.

sábado, 6 de outubro de 2012

Dos quereres...


Querer

Uma sombra compartilhada, livros, cds e vinhos

Risadas, planos, viagens... o chalé!

A viagem no balão, o curso de mergulho, as meditações e trocas da melhor energia que há em mim...

Uma vitrola retrô com discos  anos 60, 70, 80 e 90 , um deslisar suave de sua mão sobre mim.

Que me queira!

Expressar a saudade e a vontade de estar junto

Conhecer a minha alma estando com você uma vez que somos sempre espelho do outro

Morar nas montanhas e perto do mar...

Ser amante incessante da vida e do que ela oferece como um brinde, todos os dias...

Uma chance de mostrar que pode ser...

Discussões filosóficas, cinema e de vez em quando um botequim...

Tocar violoncelo

Fazer yoga no mundo e nadar pelado

A bicicleta com cestinha e pão de gergelim...

Silêncio

O sorvete quente

Sintonia fina de quereres, de dizeres...

Cabelo solto no fusca azul e o sorriso

Ah, o sorriso...

E "se acaso me quiseres," não, não sou dessas mulheres que só dizem sim.

:) Dos dias em que um bom abraço reconforta toda gama de querer!