Meados de setembro é tempo encantado. Os ventos são brandos e mornos, perderam a violência e a frieza de agosto. Os anoiteceres são demorados e mornos, prolongam o laranja e o lilás no horizonte. As luas são amarelas e mornas, encostam nos olhos e nas palmas das mãos. As cigarras são suaves e mornas, anunciam a noite e o amor em coro.
Mornas são também as manhãs, que amanhecem mais cedo, e os dias, que esquentam as noites, brilhantes. Estrelas sempre visíveis apontam para as nuvens, para as flores, para os dedos. Apontam para as luzes vermelhas que ajudam a iluminar o concreto duro e cinza. A cidade - até ela! - é morna e aquece em setembro.
Sois sóis.
Ah, irmã!
ResponderExcluirSois vós! Vozes de primavera! :)
"A lua me chama e eu tenho que ir pra rua, tchau"
(Zeca Baleiro)
Cecília tinha tudo pra ser louca, e era!!!!
ResponderExcluirIsso é do Lenine, gente... Aliás, bem lembrado!
Somos vozes!
http://www.releituras.com/cmeireles_primavera.asp
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